De Sentinela

De Sentinela

Quando te vejo de sentinela,

Horas a fio, na minha janela,

Quando vejo teus dedos a voar,

E a segredares-me que estás a amar,

E não encontras sentido,

Para ficares desse jeito,

De andar sempre na ponta da chibata,

E me deixares louco, com essa pose de gata!

Vou conferir as tuas preces,

Com a dupla maravilha onde me apareces,

Ora de blusa estampada com decote,

Ora cor de vinho, e com a pulseira da sorte,

Outras vezes debaixo da minha ponte,

Ou saciando tua sede nos beijos da minha fonte.

Já me contaste teus desejos,

Queres pular a janela e ganhar um milhão de beijos,

Ou um milagre que nos una a vontade,

E possas amar de manhã, à noite e à tarde !

Nenúfar 16/1/2008

Nenúfar
Enviado por Nenúfar em 30/01/2008
Código do texto: T839979
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