No fundo da minha alma, soa uma música,
Acorde suave, melodia que insiste
Em despertar minha atenção lúdica
Rebrilhando no olhar o belo e o triste.
Vai esta música, escala que não termina
Conduzindo-me por aí, feito bailarino...
E o mundo inteiro roda, de pernas para cima,
Direção que não sei e não ensino.
Quem criou esta música, não conheço
Mas é maestro de teimosa onipresença,
Não me abandona, nem quando sofro
Inventa curas para insondáveis doenças.
Na minha alma, vibra a orquestra
Que a ninguém mais é dado ouvir...
eEperta música que ao futuro empresta
A cada dia o que há de vir.