Sem Brilho
Sem Brilho
Se eu contasse as vezes que tropeço,
As vezes que salto e o perigo não meço,
O quanto os pés me fogem do chão,
E eu já não sei onde perdi o coração!
Já me ergui vezes sem conta,
E resisto na busca, talvez do nada,
Num deserto onde o trilho se apaga,
E vou escondendo a solidão, na minha almofada!
O corpo desiste sem mágoa,
E meu olhar banhado em água,
Olha com desprezo uma vida sem sentido,
Uma história, sem cor, nem brilho!
Nenúfar 15/1/2008