NO CARMELO
NO CARMELO
(À Malubarni que adora as flores)
E a chuva de rosas desceu...
Rosas rubras em mensagens de amor
Imensuráveis, de perfume embriagador,
E a presença de Therezinha
Criança, Carmelita e após Santinha,
Emocionando velhos e jovens,
Inundando-os de coragem, vigor
Bondade, paz, ânsia de amor,
Amor de se dar sem recompensa,
Amor de doação, desprendimento,
Amor que se reparte
E se doa a toda a Humanidade
Sem pensar jamais em receber ...
Chuva de rosas no Sacrário
Onde o Cristo escondido
Se expandia rumo aos corações
No esplendor do amor de Therezinha.
Cruz, paixão, espinho, redenção,
Esperança de reter almas
Em amplexo de amor
E levá-las a Jesus, seu Redentor...
E na Capela humilde do Carmelo
Sob vozes de louvor e ação de graças,
Therezinha sorria em misticismo
Através da névoa envolvente da fé,
Feliz na correspondência do anseio de salvar
De fluir almas para o Céu,
Almas, sempre almas,
Na sede inconfundível de amor.
E a chuva de rosas desceu...
Na fé simples da gente simples
Na eloqüência mística do orador,
Na sonoridade pura do coral
Na modéstia das Carmelitas,
Na visão dos que não vêem,
Na solidez das velhas amizades
Na pequenez daquela criatura
Que, aos pés do altar
Sentiu contrita e emocionada,
Através das rosas e da fé,
O poder, a bondade e a meiguice
Da rosa pura do Carmelo – Therezinha
Mística flor de Jesus, grande Santinha.