A sobrinha do Carlão.
Muito se pouco, um tanto não raro
que abismado subiu o morro,
e morreu atropelado.
Foi no dia do batismo,
o filho emergido em água benzida
e o trabalho atrasado.
Acordou, beijou a esposa,
brincou com o cachorro
beliscou a bunda da sobrinha
e num tati-me-cati, soprou o destino -
coitado, imigrante solitário. (safado).
Dizia-me no bar:
Juca, Juca, Juca
Tantas frutas por ai, e eu com essa tralha...
Lembrou da bunda da sobrinha,
Ah... que calor, que pitaco...
Pois que tanto, era hora - e certa
Passou na lujinha do Safira,
pegou a encomenda e foi-se.
Era a ultima vez que veríamos Carlão da Bota.
Agora apenas um assassinado...
E todos os dias, numa memória sacal
lembramos do pobre homem,
tão logo sua sobrinha passe, assobiamos:
hum... e que espetáculo!