LOUCURA...

Que outro sentido pode ter

Que outro pensar pode ser

Olhar para cada movimento

Tantos movimentos, tantos...

E ver em cada curva

O pânico dos sentidos

Sentir o tremor, o afã de aproximar

Tocar o céu, mar e Lua

Revirar a vida pela vida

Loucura...

Por tantas manias que se pega

Pegando no sentido o sentir

E desejar nunca terminar o dia

Com medo que a noite leve

Tão calma a manhã que se foi

Poucos movimentos, poucos

Aquele olhar desvio

Resumo da tarde sem luz

Sem brilho, sem nexo

A falta que sempre faz

Pela falta da partida

Loucura...

Sentir-se só, extremamente só

E tão somente voltar atrás

Sem voz, sem corpo

Sem perceber o tempo que passa

No aperto do peito

Sem curvas, sem verso

Sem som, nem voz, sem nada

Passa a manhã, tarde e noite

Feito nuvem, algodão

Sem dó.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 28/03/2005
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