DEMOCRACIA BURGUESA
De braços erguidos
Esse povo oprimido, a luta travou
Pra alcançar seus ideais
Sob mãos de capataz
Sua vida ofertou.
Conquistou a democracia
Pôs nas mãos da burguesia
Que com sua ousadia
Contra o povo a usou.
Banalizou-a com demagogia
Denominou de boia-fria
Quem um dia lhe ajudou.
Quem explora, não planta
Quem planta, não janta
É chamado de anta.
Tem ladrão pobre, nobre
Sonega o muambeiro, o banqueiro...
Violência não é só nas favelas
Que sofrem mazelas.
Ter saúde é sorte
Doente no SUS
Rodeia-se de urubus
A esperar por sua morte.
Pra tudo se paga propina
O dinheiro é que domina
Por alguém explorador.
Suportar tanta violência
É uma arte da essência
Desse povo sofredor.
Não é o acaso, é o descaso!
Daquele que o povo sufragou.