DEMOCRACIA BURGUESA

De braços erguidos

Esse povo oprimido, a luta travou

Pra alcançar seus ideais

Sob mãos de capataz

Sua vida ofertou.

Conquistou a democracia

Pôs nas mãos da burguesia

Que com sua ousadia

Contra o povo a usou.

Banalizou-a com demagogia

Denominou de boia-fria

Quem um dia lhe ajudou.

Quem explora, não planta

Quem planta, não janta

É chamado de anta.

Tem ladrão pobre, nobre

Sonega o muambeiro, o banqueiro...

Violência não é só nas favelas

Que sofrem mazelas.

Ter saúde é sorte

Doente no SUS

Rodeia-se de urubus

A esperar por sua morte.

Pra tudo se paga propina

O dinheiro é que domina

Por alguém explorador.

Suportar tanta violência

É uma arte da essência

Desse povo sofredor.

Não é o acaso, é o descaso!

Daquele que o povo sufragou.

PAULO REIS
Enviado por PAULO REIS em 28/01/2008
Reeditado em 07/07/2021
Código do texto: T836772
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