AMOR CAFAJESTE
Quem se atreve a condenar o eclipse total, que alinha sol e lua pelo mesmo abraçar?
Quem condena a natureza, que nem sempre é fiel à sua própria perfeição?
Quem condena a semântica, que instrui termos opostos pelo mesmo lecionar?
Ele odeia e ele ama, mesmo assim ninguém condena o inconstante coração!
Alguns homens se embriagam, outros jogam ou se drogam;
Alguns vivem a mentir, como ondas que se esparramam pelas praias;
Sou apenas uma presa das maldosas armadilhas que me empolgam;
Já que a todos algum vício é permitido, admito que o meu veste saias!
E assim eu me advogo, esperando algum perdão, em função da tentação persistente;
Eu respeito e não desprezo, a clareza competente que percebo em seus neurônios;
Acredite que te amo, ainda que me ache a tropeçar ocasionalmente;
Nem culpado e nem inocente, sou apenas um coitado, vítima de meus hormônios!!