AMOR CAFAJESTE

Quem se atreve a condenar o eclipse total, que alinha sol e lua pelo mesmo abraçar?

Quem condena a natureza, que nem sempre é fiel à sua própria perfeição?

Quem condena a semântica, que instrui termos opostos pelo mesmo lecionar?

Ele odeia e ele ama, mesmo assim ninguém condena o inconstante coração!

Alguns homens se embriagam, outros jogam ou se drogam;

Alguns vivem a mentir, como ondas que se esparramam pelas praias;

Sou apenas uma presa das maldosas armadilhas que me empolgam;

Já que a todos algum vício é permitido, admito que o meu veste saias!

E assim eu me advogo, esperando algum perdão, em função da tentação persistente;

Eu respeito e não desprezo, a clareza competente que percebo em seus neurônios;

Acredite que te amo, ainda que me ache a tropeçar ocasionalmente;

Nem culpado e nem inocente, sou apenas um coitado, vítima de meus hormônios!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 28/01/2008
Reeditado em 08/05/2009
Código do texto: T836422
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.