Obsessão
Sufoco na garganta
Olhar febril
Que não lançado
Apagou-se
Num descontente mar de abril
Tornou-se pálido acolhimento
De dissabores
Ontem, apenas ria-se
De seus amores
Hoje lamenta
olhares desmerecedores
Tampouco o ópio
De seu amor-próprio
Concedera-lhe tal benesse
De ver tal espécie de autodestruição
Como entender tal obsessão...
que mesmo amando-se
destrói a si mesmo em forma
de autocomiseração