Obsessão

Sufoco na garganta

Olhar febril

Que não lançado

Apagou-se

Num descontente mar de abril

Tornou-se pálido acolhimento

De dissabores

Ontem, apenas ria-se

De seus amores

Hoje lamenta

olhares desmerecedores

Tampouco o ópio

De seu amor-próprio

Concedera-lhe tal benesse

De ver tal espécie de autodestruição

Como entender tal obsessão...

que mesmo amando-se

destrói a si mesmo em forma

de autocomiseração

Caroline Schneider
Enviado por Caroline Schneider em 27/01/2008
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