BUSCA ATEMPORAL

Como andar de mãos dadas com a vida

Se tenho a morte como companheira voraz

Se muitas vezes viver ou morrer

Para mim tanto faz

Bato à porta e não te encontro

Abro a porta e tu não entras

Fecho os olhos meio morta

E te encontro em devaneios

Nestes sonhos, suaves pesadelos

Sempre te perco em dimensões

Só te encontro dentro de mim

Morrer ou viver tanto faz

Fugi de casa, corri atrás

Tentei...quem disse que não tentei

Luta incessante se fez

Morrendo sempre ao adormecer

Busca além deste espaço

Busca atemporal

Respostas concretas sem questionar

Compreendi alheias dores e meu penar

E a morte que companhia me fazia

Deixou-se caída, vencida

Já descansa em outros ares

Já repousa em outras vidas

Diana Lima,Santo André/SP, 07/07/2007

Diana Lima
Enviado por Diana Lima em 27/01/2008
Reeditado em 27/01/2008
Código do texto: T834935