VIAGEM SEM FIM

Tentei em vão voltar

Não percebi espaço

Apenas dor e cansaço

Pensei, a vida caminha

Prá frente, pro alto e avante

Tentei então seguir adiante

Mas sua voz costumeira

Impunha descomunal barreira

Me aturdia os ouvidos

Zombando dos meus sentidos

Gritando bem do alto de seu ego

Minha sorte em total indiferença

Atiraste minha sentença

Resisti, grossas lágrimas verti

Me arrastei em pesadas correntes

Em culpas, vergonha e medos...

Tú és meu deus afinal?

Ou sou o dono de meu destino?

Afinal, fui eu que cometi desatinos

Descobri...aos poucos descobri...

Era eu e não Deus

Era eu e não tu...

Que me condenava e me atordoava

Posso qualquer sorte alterar

Depende de mim, posso perdoar

Posso voltar...Posso sorrir...Posso sonhar

Voltar sem prometer

Para sempre é muito distante

Voltar sem retroceder

Voltar para dentro de mim

Voltar a me reconhecer

Viagem sem fim...

Diana Lima, santo André/SP, 25/01/2008

Diana Lima
Enviado por Diana Lima em 26/01/2008
Reeditado em 27/01/2008
Código do texto: T834470