Possessão
Sentimentos perdidos
Desejos que não voltam mais
Vontade de se reter e re-Ter
O que com o tempo se vai.
Possuir sem medo de deixar ir
Saber ter o que se quer, sem possuir,
E se for embora, não se afligir,
Porque este é o ritmo da vida,
É ir e vir.
Meu paraíso perdido,
Fecho os olhos e te vivo novamente.
Meu desejo,
Sacrifica-me, ressuscita-me.
Novamente sacrifica-me.
És intenso,
Retornos constantes.
Eu morro pelas tuas mãos, minhas memórias.
Ora Morro e ora vivo pelo que as vejo quando fecho os meus olhos.
Grito o silêncio de dores,
Claro que, por isso, à noite me são incandescentes.
Sou vivente das sombras noturnas,
Andarilho das lembranças.
Tenho vontade de não possuir lembranças que não são somente minhas.
São dos outros também. Mas, eu, as possuo...
Antes tivesse que possuísse,
Por que se tenho, posso deixar de ter,
Mas, se possuo, não tenho como deixar ir.
Meu tesouro, meu agouro, minha posse possuída.
Ora me condenas ao inferno, ora me redimes ao paraíso.
És Pó se são das dores o alívio,
És pedra que não se remove,
Só pesas, só pesas, só pesas,
Só pó se são das pedras, a areia,
Só pó se são das lembranças, as pedras.
Carlos José Maciel Alves
P.S.: Esta poesia está devidamente registrada em cartório no nome do autor. Toda reprodução sem a devida autorização sofrerá as sanções penais previstas em lei.