Um saco largado na praça...
Um saco largado na praça
Outro mais adiante
Pés descalços, trapos no corpo
A garrafa vazia
O corpo, o bolso
A cabeça também
Muitas noites de relento
O corpo caído na banco,
Na sarjeta, na escada
Não tem mais brilho
Nem sentido
Um andarilho das ruas sem vista
A alameda é sua casa
Seu ponto, sua vida
Um grito sufocado no ar
Não tem mais lágrimas
Nem sentido, nem nada, nem par.
Peixão89