De Durepóxi....
Euna Britto de Oliveira
A testa larga, sinal de inteligência,
Óculos de intelectual,
De terno preto e camisa branca,
Drummond está sentado num banco
Sobre uma lasquinha de pedra de minério de ferro de sua terra,
E escreve... num livro apoiado sobre seus joelhos.
Quem me deu foi uma sua conterrânea, de Itabira.
Meu Drummonzinho de Durepóxi...
Tenho ciúmes dele,
Tenho cuidado com ele,
Não quero que caia e quebre!...
Preservo-o de acidentes domésticos.
Não sei se Sônia pensou em mim e se lembrou de Drummond,
Ou se viu Drummond e se lembrou de mim,
Só porque ele gostava... e eu ainda gosto de escrever!
Ele, na sua genialidade,
E eu, na minha ingenuidade...
O certo é que ela me entregou Drummond lá na Bahia,
No último dia de suas férias,
Na hora da despedida,
Pela janela do meu quarto,
Na praia de Nova Viçosa...
Receber um Drummond de uma conterrânea sua,
Para mim, foi como receber um troféu!
Quase uma caricatura,
Meu Drummond magrinho, de Durepóxi...
Um dos presentes mais caros que já recebi!
Obrigada, Sônia Onofre!