Povorosa!
Isto é o silêncio?
Que silêncio é este, que ecoa sons estranhos?
O relógio bate forte no alto,
Motores enfurecidos espalham-se pela avenida.
Isto é silêncio? Algo bate ao longe,
A respiração sofeja, tric-tric...
Janelas gemem assim, em um lamento suave
Que silêncio é este, que esconde tantos sons?
O ranger da caneta, ouço baixinho,
O papel reclama, ui, em um sussurro.
E a noite passa, silenciosa e escura.
Algo chia como as estrelas saltitantes e livres.
Morcegos intrigantes, esvoaçantes na noite,
Deixam-me intrigada, com um silêncio que fala.