Caçada...

Caçada...

Quando te caço sob o linho dos lençóis

(entre nós a farfalhar... de tão contentes!)

e o edredom a resvalar por sobre a gente

a timidez aflora-te o rubor

ante a nudez febril de nossos corpos...

Ah... rolar contigo no ardor do leito!

Cravar-me em ti, plantar-te em mim,beijar-te o peito...

deixar que me violes os Sentidos...

Depois, passada a tempestade – na calmaria

debruçar-me assim contigo – e lado a lado

sobre a alva colcha silente de brocado

rirmos risos (fugazes!) de Ilusão...

Mulher no corpo... jeito ainda menina...

fêmea amorosa (com certeza!)

me dás Amor... prazer... me dás o gozo!

Os olhos de querer: noites castanhas

onde perco os meus embriagados...

e em teus lábios bebo-te os gemidos...

lábios carnudos – de veludo, Sal e Mel...

Ah... e em tua concha (escura!) de Prazer

deixo-te o que sou:

o Nada e o Tudo... o Tudo e o Nada!

Pois, mortal assim e assim desnudo,

nada te escondo, nem te nego...

(sequer te minto!)

Em tua pele (textura de jasmim!)

deixo-te o beijo mais quente e mais profundo...

e em tu’Alma (isenta de pecado!)

(esse Cais de Amor e perdição!)

deixo-te abraçada esta minh’Alma

e em teu coração... meu coração!

Porto Alegre, 13 de abril/2005. 19h19min

JJota
Enviado por JJota em 24/01/2008
Código do texto: T831716
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