PRÓXIMO BAR
A cara aos poucos
se desfigura, o corpo
 já não suporta os percalços
de uma vida.
A mente nem sequer
idealiza, o que por ventura
ainda se pode fazer...
Quando quê
por muito acusa
um só coração...
Que nem mesmo diz
que sim, nem que não.
Realmente, são verdadeiras
as coisas de uma vida que muito
se procura, e num próximo
bar de esquina, se esquece.
E assim continuo levando a vida
com ar de alegria, disfarçando junto
as minhas poucas fantasias...
 Para não morrer,
 nesta triste solidão!