Morte
A morte é patrimônio comum.
O zero que supera o um.
Todos irão enfrentá-la,
mas raros saberão desfrutá-la.
É o destino que nos dão as Parcas,
ainda que se abram baús e arcas.
Perecer, talvez, seja a essência,
a crua verdade de quem só vestiu a aparência.
Quiça nem seja o inexistir
do alquebrado barco que deixou de ir.
É o Nada em pleno vigir.
A tantos apavora,
mas é chegada a hora
de quando já não há pressa ou demora.