Devaneios

Suplico com mãos esticadas em tua direção

Teu aceno ao longe... é resposta dúbia

Aos poucos, vi alargar o vão

Foste...

Eu fiquei na pedra do porto.

E o olhar antes vívido,

hoje quase morto

Fustigado de vento e sal

teima em direção ao horizonte

de águas verdes...

Verdes como a esperança

que brota em cada amanhecer

e vai se esvaindo ao longo do dia

Mas ai novamente vem à noite... bálsamo dos sonhadores

Nela os devaneios são quase reais

Sem ambigüidades, eu e você, só amores

E ao romper da aurora

Sem consciência ou demora

Meus pés calcam novamente

a pedra do cais...

Dalfré
Enviado por Dalfré em 24/01/2008
Reeditado em 24/01/2008
Código do texto: T830477