Devaneios
Suplico com mãos esticadas em tua direção
Teu aceno ao longe... é resposta dúbia
Aos poucos, vi alargar o vão
Foste...
Eu fiquei na pedra do porto.
E o olhar antes vívido,
hoje quase morto
Fustigado de vento e sal
teima em direção ao horizonte
de águas verdes...
Verdes como a esperança
que brota em cada amanhecer
e vai se esvaindo ao longo do dia
Mas ai novamente vem à noite... bálsamo dos sonhadores
Nela os devaneios são quase reais
Sem ambigüidades, eu e você, só amores
E ao romper da aurora
Sem consciência ou demora
Meus pés calcam novamente
a pedra do cais...