Só te Posso Dar...

Só te Posso Dar...

Tu és o Amor tardio – que vem no Outono

Quando a Alma se prepara para o Ocaso...

Mas se chegas, assim, não é acaso

E eu me entrego a ti – doce abandono...

Tu és o Amor gentil – esplendoroso

Que adentra (de mansinho!) o coração...

São trânsfugas as folhas – pelo chão

À sanha do Destino caprichoso...

Só teu poeta eu sou... E és Musa e Amada

Anjo sem asas és... Bela Alvorada...

És vôo de andorinha... Primavera!

O lábio, (sei!), te quer... A mão te espera...

Ai, só te posso dar do Amor (no fim!):

Meus versos... arrebóis... Restos de mim!

Porto Alegre, 31 de maio/2005. 14h44min

JJota
Enviado por JJota em 23/01/2008
Código do texto: T829978
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