Enfim, respirei

Eu dancei ali sozinha, no tom da minha alegria

Do violino a guitarra, do baixo a bateria

O maestro guiava a noite, do sol a lua

E a música permanecia sob o silêncio da rua

Era domingo, meu bem, e meu coração descompassado saltava no peito

Bati na porta da vida e exigi que tomasse jeito

Que parasse de me dar um tempo

E fizesse o que tivesse de ser feito

Pedi que não fizesse como ontem, em que ela se perdia

E que me prometesse que hoje seria minha

E que me trouxesse músicas, risos e, talvez, uma companhia

E ela me pôs de pé e me levou aquela esquina

Caminhei sob o sol, agarrada a mão da menina

Que me sorria

E me envolvia

Me deixando num estado de poesia

E, enfim, eu respirei. Afinal, é a vida.

maria paula da silva lima
Enviado por maria paula da silva lima em 01/04/2025
Código do texto: T8299152
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