[Teu Corpo: Território Proibido]

[O tempo abre brancas velas sobre nós... naveguemos!]

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Num tempo sem medida,

num tempo de quase ser,

num tempo de possibilidades sépias,

teus gestos excedem medidas de carinho,

tuas palavras são um derrame de ternura!

Fico então a devanear de olhos abertos...

se o teu corpo é um território proibido ao meu toque,

passeiam então os meus sonhos em tua fotografia,

deslizam suavemente os meus olhos ávidos

pela maciez lúbrica do contorno de teus lábios!

Sou a inconsequência de uma promessa:

pudesse, aninharia o meu rosto quente

na sensualidade das curvas dos teus pés,

e na fruição desse instante eternizado,

nem me importaria o desmoronar do tempo!

Na mágica duração de um instante

engendrado pelas nossas vontades,

anulam-se as distâncias, as diferenças,

e então, os nossos seres atônitos

habitarão essa breve morada do prazer!

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[Penas do Desterro, 23 de janeiro de 2008]