Anarquia cósmica
As anárquicas revoltas
De um povareu idiota
Fez um grave refluxo
Com toda estória perdida
Traçou uma bala bem rente
A quem se fez penitente
Tornando as mãos encardidas
De rútilo sangue gemente
E as roupas todas queimadas
Se despregando da pele
O corpo todo desliza
Na pista incandescente
São crianças que sofrem
Os efeitos deletérios
Desta força endiabrada
Que dizem ser do inferno
Dos perigos da avenida
Que se derretem no fogo
Dentro de um calor intenso
Tocam as sirenes eternas
Inaudíveis choramingos.
Olhares sem olhos perenes
Fecham a tela do domingo.