O VIAJANTE



Olhando os prados verdejantes
Fico com meus botões a pensar
Como será a vida de um viajante
Mudando sempre de lugar.

Monotonia ele não encontra
Mas a saudade por certo sim
Cada vez que sua mala apronta
Seu destino não tem fim.

Em cada parada que faz
É uma nova iniciação
Sua vida então lhe apraz
Às vezes apertado o coração.

Se for a trabalho é bem melhor
Mas a família que para traz deixou
Será a saudade bem pior?
Do que dos lugares que passou?

Não gostaria de ter
Uma vida de errante
Entre vales ter que vencer
Às vezes gigante monte.

Sobe e desce sem parar
Em cada cidade ter que se hospedar
Sabe-se lá o que vai encontrar
Amor, alegria tristeza ou pesar.

Um caixeiro viajante
Segue sempre a diante
Vendendo sua mercadoria
As vezes no rosto não traz alegria.


ANGELICA ARANTES
Enviado por ANGELICA ARANTES em 23/01/2008
Reeditado em 23/01/2008
Código do texto: T829276