Majula
Um anjo bom,
Em época de solstício,
Me trouxe a Majula
- O vale Simplício.
Ao sair de uma gruta
Vejo o pôr do sol,
Vejo rochas no mar,
Um obelisco, um farol.
No centro da vila,
Uma fogueira
- É o braseiro da alma,
Queimando uma espada
Sob a figueira.
O anjo nem me disse como voltar.
Sigo aqui, então,
Fazer o quê?
Algo ali hei de encontrar
- Pra vida não se esvaziar,
Pra minha alma não perder.