Enigma.

Sou um rio que percorre,

que corre para o mar e morre,

sem uma simples explicação.

Sou as notas de qualquer canção

e dos namorados, nada mais que a emoção.

Sou os suspiros alucinantes,

no peito das amadas e dos amantes,

sou pétala de rosa,

despetalada da rosa mais formosa.

Sou o tudo, o nada e o porém...

sou todas as coisas, mas de fato, não sou ninguém.

Sou a verdade e a mentira,

sou a tranqüilidade e também a ira,

sou infinito e um ponto final,

aliás - Quem sou eu, afinal ?

Rio de Janeiro, 02 de Maio de 1999.