MÃO SOBRE O OMBRO
Quantos dias e noites rogou a Deus,
Que lhe enviasse um homem,
Bom, protetor,
Que lhe desse filhos.
Sucedeu então um dia.
De fato aconteceu:
Foi pedida em casamento.
Mas ele era diferente.
Com uma frieza esquisita,
Comportava-se aquele homem.
Apesar de ser decente,
Ignorava como marido portar-se.
Fiel demonstrava ser,
Porém não compreendia,
Os gostos, as necessidades
Da fiel companheira.
Passaram-se os anos
De lidas normais do casail.
Ela muito dedicada
Aos filhos e ao companheiro.
Trabalhando fora os dois,
Não notaram que algo,
Entre eles não existia:
O amor e a proteção.
Filhos cescidos, casados,
Chegando os primeiros netos,
Passou ela a sentir,
A falta de uma mão sobre o ombro.
Nunca em tantos anos,
Dessa convivência insana,
Esse indivíduo realizou
Esse gesto protetor.
Toda mulher necessita
Um homem que a proteja.
Sentia tristeza imensa ao observar
Que outros homens as parceiras enlaçavam.
Nunca pensou que um dia
Uma mão protetora no ombro,
Tanta falta lhe faria,
E à traição a conduziria.