OLHOS CERRADOS
OLHOS CERRADOS
Olhos cerrados
Imaginando visões
Fuga da realidade
Dura diáspora tupiniquim
Terras tomadas por desencanto
Gritos e berros incessantes
Incenso queimando sonhos
Fumaças de queimadas
Ventos de inexistentes alçadas
Clima de déjà-vu
Passado que não passa
Tempestades que se formam
Em nuvens cinzas desenhadas
Por ausência de porvires
Esperanças mortas
Sem saídas sem portas
Um labirinto de inconsistências
Apagando as luzes
Cabeças de avestruzes
Sepultadas no solo rico
Pobre de espíritos
Que vagam do nada
A lugar algum