A Tarde Chuvosa
O céu nublado de nuvens acinzentadas
O mundo pouco iluminado
Com uma iluminação fosca
Tudo parece nostálgico
O vento soprando calmamente
Enquanto o trovão um tanto rouco
Ecoa vindo do nascente
Seu canto emocionante
Os primeiros pingos dágua
São graúdos e molham
O chão alternadamente
Enquanto a chuva não resolve
Cair uniformemente
As árvores balançam seus galhos
num baile movimentado
Pela sinfonia do som da chuva
O cãozinho abriga-se dentro de casa
Tremendo de medo do trovão, da água fria
E das faíscas de fogo dos relâmpagos
O céu inteiro muda de aspecto
O cheiro bom de terra molhada
Invade nossas narinas e nossas casas
E o coração do homem agricultor
Se alegra com o espetáculo inigualável
Já sonhando com a planta do roçado
No dia seguinte, se Deus quiser
Sinto o vento frio tocar a minha pele
E busco abrigar-me cuidadosamente
Mas continuo na observação
Da tão bela ação de Deus
De uma cadeira, através da vidraça
Observo calmamente a ação divina
E os pássaros ? Onde estão?
Se recolheram certamente
Estão talvez abrigados nos seus ninhos
Junto aos filhotes ou chocando seus ovos.
A chuva calma não alterou a programação
Das crianças , diante da TV
A chuva parou e eu fiquei saudosa
Como sempre me acontece nestes dias
Sinto saudade de papai, de mamãe
Dos que já se foram para Deus
E também dos familiares e amigos ausentes
Sem o sol o resto da tarde é só melancolia.
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