PASSOS ERRÁTICOS
PASSOS ERRÁTICOS
Passos erráticos
Vagando no parnaso
Procurando lampejos
Que materialize em versos
O que vejo
Mas não atinjo
Nem sequer finjo
A dor que sinto
No vazio do âmago
Palavras voam e se desfazem
Num deserto inóspito sem chamas
Também sem oásis
Para matar a sede da escrita
Que se espalha na areia
Escorrendo entre os dedos
E surge então um arremedo
De despoesia