Poeira da Eternidade (poema antigo)

Dias curtos, diminutos

De longos momentos hirsutos

Que se estendem, em comparação

Com os calvos limites do chão.

Contradizem-se os instantes

Fazendo promessas no antes

E desilusões no depois...

Sendo um só, parecem dois.

E vive-se então no presente

Ou vive-se tão simplesmente

Na ilusão do Agora

Entre o cá dentro e o lá fora?

Cá dentro, que é o passado

Com o futuro defrontado

Na visão do que é visto

No momento em que existo...

Sou a Hora, sou a Hora!

O combativo Agora

Nessa batalha perdida

Contra o relógio da Vida.

Sou a essência do Ser

Que insiste em prevalecer

Sobre a transitoriedade...

Poeira da Eternidade.

Dias curtos, diminutos

De longos momentos hirsutos

Que se estendem, em comparação

Com os calvos limites do chão.

(composto em 2015)

Damnus Vobiscum
Enviado por Damnus Vobiscum em 01/03/2025
Código do texto: T8275124
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