Minha História.

Rasgam-me os pulsos,

retalham as minhas veias.

Fecundo são teus sonhos,

e a tua história é o teu legado.

Sou mais que aves, sou abutre,

que sobrevoa tua carne sem vida.

Sou pestilento e misterioso,

Maldito da minha própria alma.

Estou à véspera da morte,

ouçam meu grito agourento pelo ar...

Estou à véspera do desespero,

e minha história levo comigo.

Pois sou, sem lar e sem destino,

demente de tudo que é emoção...

Guapimirim, 12 de Janeiro de 2007.