Raiz de amor

Para amar o outro, preciso primeiro

abraçar a minha própria existência.

Nos silêncios que me habitam,

escuto a voz que tantas vezes calei.

Me busco nas sombras do passado,

nos cacos que um dia deixei para trás.

Mas ao me olhar com ternura,

descubro que nunca estive quebrada,

apenas em processo de florescer.

Meu amor-próprio é solo fértil,

onde planto a aceitação e colho a paz.

Não é egoísmo, nem vaidade,

é a raiz que sustenta cada gesto de afeto.

E quando, enfim, me abraço por inteira,

sou luz que transborda, sou rio que flui.

Amo o outro não por necessidade,

mas porque aprendi a ser amor.

E nesse amor que me preenche,

sou inteira, sou livre,

sou livre para amar como Jesus nos ensinou.

Enfim, sou a própria essência da vida.

Neila Costa
Enviado por Neila Costa em 27/02/2025
Código do texto: T8273897
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