com a licença poética
quero que você me abra ao meio, com as mãos
que devore meus órgãos
quero que você me invada
me transpasse
me colonize
me dilacere
me devore
me assimile
e me regugite de volta para dentro de mim
me corrompa com traços seus
que deixe seus pedaços em mim
que lamba as feridas
e me finque bandeiras antes de ir