SEU DOUTOR ME DÊ LICENÇA
(Sócrates Di Lima)
Dê-me licença Seu Doutor
O senhor me permite!
Essa porta preciso transpor
Antes que o tempo grite!
Seu Doutor, Eu preciso chegar lá
Tem um paraiso depois da porta
E ela näo é de lá e nem de cá
E isto näo me conforta.
Ah! Seu Doutor...
O senhor näo vai me barrar
Eu busco um amor
Aonde puder encontrar.
Se do outro lado dessa porta
Este amor fisico for fantasia
Com certeza depois de tanta volta
Ele está escondido na poesia.
Então, dá licença seu Doutor
Aqui quem pede é um coração
Que se lacrou por falta de amor
Do lado de cá da minha razäo!
Seu doutor da poesia
que escreve a fantasia
Tambem escreve a melancolia
De tudo que viveu um dia...
Ah! Seu Doutor, o senhor
Deve se lembrar
Que um dia teve um amor
Um coração pra namorar.
E esse amor se faz distante
Talvez na metade do caminho
Mas foi um amor significante
Que a poesia guardou com carinho.
Seu Doutor da tristeza e alegria
O senhor sabe de quem eu falo
Falo da única dona da poesia
E pra ela jamais me calo.
Então Seu Doutor da vida
Deixa-me fugir desse flagelo
Deixa Eu buscar uma guarida
No som estridente do seu martelo!