Eu não consigo matá-la sem matar a mim mesmo

Resolvi matar a tristeza,

que habita em mim.

E resolvi assim,

de inopino.

E até imagino

ela morrendo, enfim.

E tentei ir matando do jeito que sei,

devagar, torturando,

esquecendo, deixando.

Por todo esse tempo sequer falei o seu nome,

para não recordar da sua ânsia

e fome!

Julguei tê-la matado mil vezes,

deixando-a esquecida, sofrida.

Cheguei a sorrir, vencedor que era

quimera!

Pois cada porta que abro,

cada janela que olho,

lá está ela!

Tão forte ainda, escura e brava

E bela!!

Então aceitei a tristeza de volta,

do jeito que era,

pois ela sempre estivera

agarrada em mim!

E matar a tristeza, quem sabe

mataria a mim.

helio ahcor
Enviado por helio ahcor em 26/02/2025
Código do texto: T8273068
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.