Que raiva que dá!
Que raiva que dá
quando chega a inspiração
nos momentos em que não posso poetar...
Quando cai a chuva
pegando-me de surpresa
e abrigo não consigo achar...
Quando o sapato aperta o pé
no meio do caminho
Arruinando o caminhar...
Que raiva que dá!...
E nesses momentos de raiva
desmancho a cara em solta gargalhada.
Da louca me sirvo
e poetizo pelas ruas sem fim.
Sou a chuva que lava a vida,
danço com o vento que suaviza meus passos
e vôo com as asas da alma que trago em mim.
Tiro os sapatos
e visto-me das rimas que me fazem ilusão
Sou então o sonho,
a brisa que toca o corpo
nas tardes quentes de verão...
Que raiva que dá!...
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