AOS POUCOS, FUI DESCOBRINDO
Aos poucos, fui descobrindo
Que eu era pouco.
Que eu era... não muito.
Que, em verdade, eu era mesmo
Era muito... mas muito pouco!
Eu que, quando jovem,
Pensava ser desmedido,
Hoje, maduro, descubro-me
Uma pequena quantidade.
Pouco a pouco, reduzido.
Uma frágil gota d´água.
Um invisível grão d´areia.
Um minúsculo pigmeu,
Sem a mínima importância.
E, ao perceber que nada sou,
Ou que muito pouco sou,
Que muito pouco sei...
Encontrei-me pela primeira vez,
Bem mais sólido e vibrante.
Muito mais imaginado e contente!
E somente assim:
Ao reconhecer a minha
Ignorância, o meu não saber...
A minusculosidade e pequenez...
Foi que me senti muito - e gigante.