Rebeldia Silente

Em meio a ruídos,

vozes estridentes ecoam,

gritos ferem os ouvidos,

açoites sangram a alma;

impõem julgamentos.

Inquietação e angústia permeiam dores do cotidiano.

Numa mítica poesia

componho versos mudos,

carregados de emoções veladas.

Na palavra não dita, me rebelo.

Em cada estrofe,

Reverbera um sussuro por liberdade.

O barulho do mundo amordaça minh’alma.

A solidão das ruas estrila meu silêncio.

O grito dos outros não calará minha voz.

Meu silêncio, rasgo de liberdade.

Rebeldia contra o vazio imposto!

Lembranças ecoam memórias

de dores que vivi.

O silente, tão pleno, me abraça.

Na mudez, encontro melodia.

Em meio à quietude,

forjo fonemas,

componho canções que os lábios não pronunciam.

Na resiliência,

ouço a quietude a mover sentimentos.

Quero abrandar o barulho do mundo.

Quero o silêncio do Madeiro

Suspenso num grito calado,

Mas convicto de suas verdades.

Divino Alves de Oliveira
Enviado por Divino Alves de Oliveira em 08/02/2025
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