Rebeldia Silente
Em meio a ruídos,
vozes estridentes ecoam,
gritos ferem os ouvidos,
açoites sangram a alma;
impõem julgamentos.
Inquietação e angústia permeiam dores do cotidiano.
Numa mítica poesia
componho versos mudos,
carregados de emoções veladas.
Na palavra não dita, me rebelo.
Em cada estrofe,
Reverbera um sussuro por liberdade.
O barulho do mundo amordaça minh’alma.
A solidão das ruas estrila meu silêncio.
O grito dos outros não calará minha voz.
Meu silêncio, rasgo de liberdade.
Rebeldia contra o vazio imposto!
Lembranças ecoam memórias
de dores que vivi.
O silente, tão pleno, me abraça.
Na mudez, encontro melodia.
Em meio à quietude,
forjo fonemas,
componho canções que os lábios não pronunciam.
Na resiliência,
ouço a quietude a mover sentimentos.
Quero abrandar o barulho do mundo.
Quero o silêncio do Madeiro
Suspenso num grito calado,
Mas convicto de suas verdades.