Um hiato ao ato
Ao longe você poderá escutar,
Sonhar e até provar,
O rio das areias do tempo,
Aquele que serpenteia e passeia,
Entre as névoas, entre as idéias, as aquarelas...
Dos momentos,
Dos tormentos,
Dos intensos pensamentos...
E lá me encontro... Em terras misteriosas...
Mas o que me voa é o mar...
Que navega minha alma lentamente,
Sorridente o vento me rema...
Entre uma nuvem e um pardal...
E minha pena me naufraga...
E aqui me encontro nas palavras...
Na história exata...
Na matemática social...
E perdido pela liberdade que me abrasa...
Num verso qualquer...
Eu...
E apenas eu...
Um poema inexato...
Alegro-me com o espetáculo do teatro...
E permaneço solitário até o fim...
Até o fim do último ato!