ESTAÇÃO DERRADEIRA
Mais um dia que se evapora no tempo.
Mais uma noite escura que se derrama
Em minúsculas gotas de orvalho químico.
Areia mórbida dos desertos e da ampulheta,
Ponteiros indolentes das últimas horas,
Folhas que se rasgam no calendário da espera.
Estação derradeira de um planeta sufocado
E poluído, girando e se debatendo em meio
À fumaça da efêmera e destrutiva passagem
Humana pela Terra.