ESTAÇÃO DERRADEIRA

Mais um dia que se evapora no tempo.

Mais uma noite escura que se derrama

Em minúsculas gotas de orvalho químico.

Areia mórbida dos desertos e da ampulheta,

Ponteiros indolentes das últimas horas,

Folhas que se rasgam no calendário da espera.

Estação derradeira de um planeta sufocado

E poluído, girando e se debatendo em meio

À fumaça da efêmera e destrutiva passagem

Humana pela Terra.

Paolo Christ
Enviado por Paolo Christ em 27/01/2025
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