Alô, alô, Metrópole! - Inconfidência baiana
[Colônia]:
Alô, alô, metrópole?
Alô, alô, metrópole?
Há mais uma inconfidência à tona!
[Metrópole]:
Mais outra?
Ai meu Deus!
Mais uma revolta!
E o que querem agora?
[Colônia]:
Querem instaurar uma república,
Abolir a escravatura
E acabar com os privilégios.
Eles estão falando sério!
[Metrópole]:
Sim, meu filho,
Mas porque
Por que fazem isso?
[Colônia]:
Dizem que você os deixa com altas dividas
E com péssimas condições de vida,
Não é mais uma revolta em Minas,
Mas uma inconfidência na Bahia!
Conforme o relatório informa,
O povo e a elite se uniram
E planejaram a revolta,
A elite foi embora,
Mas os do povo não desistiram!”
[Metrópole]:
Mande as tropas para lá
Bem rápido e veloz,
E ataquem de modo feroz!
Haverá o executamento,
Prisão e enforcamento
Dos integrantes do movimento!
[Colônia]:
Alô, alô, metrópole?
Alô, alô, metrópole?
Está tudo bem agora,
Por enquanto acabaram as revoltas!
Mas fique alerta, hein?!
Pois outras revoltas ainda vêm.
[Metrópole]:
O Quê?! Nada está bem,
Pois com todos esses e outros movimentos,
Entrei em desespero,
E além disso,
"outras revoltas ainda vêm"?
Você não pode estar falando sério!
Que dor-de-cabeça!
Que tormenta!
Para isso não tem remédio,
Ai, meu Deus!
Eu estou ficando louco!
Pra mim já basta,
Empurre esse problema para outro,
Porque meu caro amigo,
Eu desisto!
Adeus!
E se alguém te perguntar,
Essa conversa nunca aconteceu!
[Colônia]:
Mas, de fato,
Essa conversa nunca aconteceu,
Nem mesmo de longe!
[Metrópole]:
Mas, como assim?
Não entendi.
[Colônia]:
Meu caro,
Essa conversa nunca existiu
Porque o telefone
Ainda não foi criado!
[Metrópole]:
Que bizarro!
Se o telefone
Ainda não foi inventado,
Por que você me ligou a cobrar?!