NÃO
NÃO
Não enche a barriga
Não alimenta em nada
Nem um parasita
Nem tem como saber ele ou ela
A valia
Da lida
Sem marca da vista
Do que leu
Ou não leu
Não tem nunca
Como ficar como Orfeu
Nem como Romeu
Nem como Iracema
A Senhora podendo passear
Lá em Paquetá
Ou só andar à toa pelo Gragoatá
Também vai desperdiçar
Os que podendo ficar
Já se põe a debandar
Da antiga capital
Sem nem me dar uma parcial
Para saber afinal
Se ficam sentidos
Em não mais ter os benefícios
Daqueles tempos idos
Quero saber sobre suas bibliotecas
Sobre seus sebos
Sobre feiras
E se existe mais
Daquilo que não existe há muitos carnavais
Porque o tempo não volta atrás
Falta quem possa dizer
O jeito é buscar
Nos que não podem se negar
A informar
Já que está tudo sempre lá
São os mesmos que mostram
Que acelerar não é só necessário
Faz parte do aprendizado
Ninguém começa a andar
Para voltar a engatinhar
Mas não falta quem fale:
"Vá, mas vá devagar"
O tempo nunca espera
O sol não desacelera
Chutar tudo pro alto
Cheio
Só faz quem não está correndo
Lá atrás
Quem corre quer
Claro, paz, sossego, refresco
Não ônibus ruim
Caro e cheio
Menos ainda o desespero
Do desemprego
Só mesmo ficando
De saco cheio
De todo ano ser o mesmo papo furado
De quem já está bem longe
Do básico
Renato Lannes Chagas
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Feliz 2025!!!