Quantas vezes ...

Quantas vezes fujo de mim

como um rio correndo,

um mar no infinito sumindo.

Quantas vezes sem perceber

me levanto e me persigo

outra vez me acho comigo .

Quantas vezes na confusão do espanto

do pouco que ainda me conheço

restauro o ar, a calma no fraco alento.

Quantas vezes entendo que como eu

há quem do sol se satisfaz

semeando praias onde vai morrendo

e a poesia ao vento se deixando.

18/01/08

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 19/01/2008
Código do texto: T823383