Quantas vezes ...
Quantas vezes fujo de mim
como um rio correndo,
um mar no infinito sumindo.
Quantas vezes sem perceber
me levanto e me persigo
outra vez me acho comigo .
Quantas vezes na confusão do espanto
do pouco que ainda me conheço
restauro o ar, a calma no fraco alento.
Quantas vezes entendo que como eu
há quem do sol se satisfaz
semeando praias onde vai morrendo
e a poesia ao vento se deixando.
18/01/08