Meu amigo cronista
Fazendo sessenta e nove
o meu amigo cronista.
E antes que ele desove
mais um livro para a lista,
eu vou aqui relatar
as obras desse artista
cujo prazer é narrar
feito velho e bom contista.
Esse homem cuja fortuna
são os livros que escreveu
com relatos de Laguna,
o lugar onde nasceu.
“Deitado sem fazer nada”
e ainda “Panela de crônicas”
com histórias engraçadas
cujo riso é a tônica.
“Viajando com as palavras”,
livro que às vezes folheio,
trabalho de sua lavra
onde narra alguns passeios.
Ele que não teve filha
- é tudo filho varão -
“Retrato de uma família”
também é livro do Arão.
E para encerrar meu verso
que não vale dez vinténs
por aqui me disperso
dando a ele parabéns.
Paulo de Sá Brito
12/07/2021