Dores da alma

Quero falar das minhas dores,

não como lamento ou piedade

Quero falar das dores que, como aço, ferem o corpo,

Sangram a alma.

Cortes profundos,

Fragmentam o ser,

Sedimentam sofrimentos.

Suplícios diários com meu sísifo,

Deixam sinais

Entre chagas e tropeços,

lágrimas já não caem,

Em meio às angústias, secaram.

Restou o coração dilacerado.

Seria essa secura fardo ou alívio?

A cicatriz formada, levará sempre a marca do aço?

Não sei....

Embora dilacerante,

O sofrimento revela

minha luta por liberdade

No peito ferido um eco persiste.

O silêncio grita em meus ouvidos: resiliência.

Às vezes é preciso deixar doer pra sarar.

Divino Alves de Oliveira
Enviado por Divino Alves de Oliveira em 04/01/2025
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