Dores da alma
Quero falar das minhas dores,
não como lamento ou piedade
Quero falar das dores que, como aço, ferem o corpo,
Sangram a alma.
Cortes profundos,
Fragmentam o ser,
Sedimentam sofrimentos.
Suplícios diários com meu sísifo,
Deixam sinais
Entre chagas e tropeços,
lágrimas já não caem,
Em meio às angústias, secaram.
Restou o coração dilacerado.
Seria essa secura fardo ou alívio?
A cicatriz formada, levará sempre a marca do aço?
Não sei....
Embora dilacerante,
O sofrimento revela
minha luta por liberdade
No peito ferido um eco persiste.
O silêncio grita em meus ouvidos: resiliência.
Às vezes é preciso deixar doer pra sarar.