A MOÇA PARADA NA ESQUINA

A moça parada na esquina

Não está exercendo nenhum ofício

Ela apenas espera que algum anjo apareça

Para mexer com sua cabeça

E que venha com um sorriso

Dizendo que a vida é curta

Ela acolherá a palavra

Que precisa ouvir vida afora

E ver tudo se transformar em festa

Ela deixa a esquina

E segue anônima em busca do desconhecido

Alimentando um sonho

No seu caminho, pivetes, trabalhadores, autônomos

São sua imagem refletida

No espelho invisível da vida

Nem ela nem ninguém

Sabe do puro futuro

Mesmo assim ela segue seu caminho

Acreditando que aquilo que espera

Virá com os primeiros raios da aurora.

JOAQUIM RICARDO
Enviado por JOAQUIM RICARDO em 18/01/2008
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