poema escrito no dorso da mão

coando estrelas

ralos

roçando canos entupidos

o vento seviciante

vai do si ao lá

baixo

bueiros calados

o dia e o sexo líquidos

pingaram-lhes

esgoto

o pranto

à parede da solidão

longe da luz, da sombra e do ruído

(estar em silêncio

como um mísero rato

respirasse comedido)

criatura da noite.

Danilo da Costa Leite
Enviado por Danilo da Costa Leite em 18/01/2008
Código do texto: T822878