CONFUSÃO SOBRE as ESTRELAS MELADAS

Nossos pés afundam nas crosta de musgo e de cada

buraco nascia uma estrela de longa vegetação A estrada

não chega, o dia não vem

O sol

da manhã

é um termômetro num pudim de energia

é uma língua ressuscitando da consumação do amor

Lembra o espaço

minha coroação

rompe minha carne o amanhecer intranquilo

os olhos brilham a confusão sobre as estrelas meladas

Atrás, muito atrás

ficaram as tendas em chamas

sobre um chão fermentado de trigo e cerveja

onde nós fugiamos dos alienígenas

alugando os corpos nas avenidas

(junho de 1.980)