Esperando

As doses de conhaque com coca-cola no Bar.

A velocidade do nevoeiro afugenta meus olhos,

As sombras que me faz esquecer as noites e os dias ditosos,

A vida e as lembranças aos frangalhos,

As arvores sem folhas, apenas os galhos.

Ao dardo que atingiu o peito e me fez palpitar, suar, diante do êxtase da vida imunda.

Destroçados os meus desejos ambíguos de minha vida cotidiana.

Na rodoviária entro no primeiro ônibus com a cabeça rodando, embriagado, preso me debatendo no vidro, curva após curva.

Pela janela, vejo que o limite é o azul infinito.

As estórias vão se perdendo na memória evasiva,

Diante das travessuras diárias do menino, que se atira ao tempo, esperando a brisa levantar a sua pipa verde amarela.

Osório Antonio da Cunha
Enviado por Osório Antonio da Cunha em 18/01/2008
Código do texto: T822791
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